O Núcleo de Promoção da Filiação (NPF), situado no Fórum de Maceió, no Barro Duro, viabilizou 345 reconhecimentos de paternidade entre janeiro e julho deste ano. Desde sua fundação em 2008, o NPF já facilitou mais de 15 mil registros.

Recentemente, o músico Daril Malaquias formalizou o reconhecimento de paternidade de sua filha de 13 anos durante uma ação do NPF em uma escola no bairro Rio Novo, na capital. Malaquias explicou que, após retornar de São Paulo e enfrentar a doença da mãe de sua filha, não teve a oportunidade de registrar a paternidade na época. "Sempre quis registrar, pois sei o impacto que isso tem. Eu mesmo não tenho o nome do meu pai na minha certidão", contou.

A coordenadora técnica do NPF, Cláudia Acioli, destacou que o setor atualmente tem cerca de dois mil processos em andamento. Ela enfatizou a importância do reconhecimento formal da paternidade, que ajuda a preencher lacunas emocionais e psicológicas nas vidas das crianças. "A falta do nome do pai pode afetar o desenvolvimento da criança", afirmou.

O NPF atende pessoas de todas as idades, incluindo um caso recente de um idoso que buscou o núcleo para incluir o nome do pai em seu registro após confirmar a paternidade através de exame de DNA.

Os sete cartórios de registro civil de Maceió encaminham ao NPF informações sobre crianças nascidas na capital sem o nome do pai na certidão. O NPF entra em contato com as mães para identificar os pais, realizando audiências para reconhecimento voluntário ou exames de DNA, com resultados geralmente disponíveis em 30 dias.

Caso o suposto pai se recuse a realizar o procedimento, a mulher pode procurar a Defensoria Pública, localizada no próprio NPF, para abrir um processo de investigação de paternidade.

O NPF, coordenado pela juíza Ana Florinda Dantas, funciona no Fórum do Barro Duro de segunda a quinta-feira (manhã e tarde) e às sextas-feiras (somente pela manhã). Para mais informações, o telefone de contato é (82) 4009-3571.